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O início de 2017 foi bastante positivo no mercado de consórcio imobiliário. No primeiro quadrimestre do ano, as vendas de novas cotas no segmento evoluíram 19,2% sobre idêntico intervalo de 2016. As adesões atingiram 75,7 mil novos participantes. Os dados são da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
Apesar do crescimento das adesões, o índice de participantes chegou a 795 mil contratantes, o que representou um recuo de 1,7% na mesma base comparativa. Os negócios contratados (créditos comercializados) avançaram 39,1% na mesma comparação, a R$ 9,99 bilhões. Já o volume de créditos disponibilizados ficou 8,5% menor, atingindo R$ 2,26 bilhões. O tíquete médio valorizou 17,8%, para R$ 131,8 mil.
Por sua vez, as contemplações (quando o consorciado tem a oportunidade de comprar o imóvel) arrefeceram 9,3%, totalizando 22,5 mil beneficiados. Nos primeiros quatro meses do ano, o uso parcial ou total dos saldos das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) somou R$41,813 milhões, feitos por 1.067 consorciados.
“O balanço do primeiro quadrimestre voltou a apresentar crescimento nas adesões, ratificando que o mecanismo continua sendo escolhido por suas características para realização de objetivos pessoais. Ao se tornar, gradualmente, importante fator na gestão das finanças próprias ou individuais, o consórcio contribui para a formação da cidadania financeira do consumidor”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da associação.
O consórcio imobiliário registrou em 2016 uma participação de 21,6% na média nacional dos créditos contemplados frente às vendas setoriais financiadas no âmbito do SBPE Participação Modalidade bastante atrativa com diversas vantagens para adquirir um imóvel, o consórcio registrou em 2016 uma participação de 21,6% na média nacional dos créditos contemplados frente às vendas setoriais financiadas no âmbito da poupança pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). O índice inclui bens residenciais ou de veraneio, terrenos, conjuntos comerciais, galpões, entre outras tipologias imobiliárias. Na relação com o obtido em 2015, que atingiu 16%, o aumento foi de 5,6 pontos percentuais (pps).
Na análise estadual, o Paraná participou potencialmente com 34,6%, o que corresponde a um pouco mais de 3 a cada 10 imóveis comercializados no ano passado. Em seguida, apareceram os Estados do Rio Grande do Sul (24,1%) e São Paulo (23,3%). Por região, os melhores desempenhos foram o do Sul (27,1%) e Sudeste (22,1%).
“As variações nas potenciais participações, tanto nos Estados como nas regiões, estão na evolução do comportamento do consumidor em suas localidades. Mais atento e consciente de suas finanças pessoais, ele tem procurado adotar a essência da educação financeira em suas rotinas de consumo como referência para obtenção de seus objetivos”, comenta Rossi. Ele também ressalta que, antes de adquirir bens como imóveis, ou ainda ao contratar serviços, seja como pessoa física ou jurídica, o consumidor tem analisado seu custo, sua efetiva necessidade imediata e sua capacidade de assumir compromissos de médio e longo prazos. “Ao pensar no futuro, tem procurado equilibrar suas finanças muitas vezes por meio do consórcio, um sistema de autofinanciamento, genuinamente brasileiro e que existe há quase 55 anos”, complementa o presidente da Abac.
Cresce a Procura pelo Consórcio para a Aquisição da Casa Própria
O consórcio de imóvel residencial apresentou crescimento em 2017, na comparação com o ano anterior. Por ser um método de autofinanciamento, o sistema oferece mais segurança para o consumidor, que foge da variação de juros e disponibilidade de crédito de outras modalidades.
Os dados mostram que a casa própria ainda é o principal objetivo de quem utiliza esse método de compra. De acordo com a ABAC, no primeiro trimestre deste ano foram contabilizados 792 mil participantes de consórcios de imóveis no País e o total de créditos comercializados com novas cotas chegou a R$ 6,79 bilhões.
Fonte: ABAC